Alexandre Mendes e a “Minimização” da Derrota: O Fluminense em Queda Livre na Sul-Americana?
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O auxiliar de Diniz tenta dourar a pílula, mas a realidade no Fluminense parece ser bem diferente.
Ah, o futebol! Um esporte que nos presenteia com emoções, decepções e, claro, uma infinidade de tentativas de “passar a boiada”. E, meus caros, a mais recente delas vem diretamente das laranjeiras, com a figura de Alexandre Mendes, o fiel escudeiro de Fernando Diniz, tentando nos convencer de que a situação do Fluminense na Sul-Americana não é tão dramática quanto parece. Sério mesmo?
De acordo com a matéria, Mendes, com a serenidade de um monge budista, minimizou a derrota, a atuação apática e a sensação de terra arrasada que paira sobre o clube. Ele, com ares de quem está acima do bem e do mal, jogou para a torcida com um discurso que, no fundo, beira a irresponsabilidade. Afinal, como diz o ditado, “o otimista vê a rosa, o pessimista os espinhos. O realista admira a rosa e se previne contra os espinhos.” E, pelo visto, o Fluminense está mais para o time que tropeça nos espinhos e ainda acha que está tudo bem.
A Hipocrisia de Sempre: Onde Estão as Mudanças?
Acho graça quando escuto esse tipo de discurso. Parece que a memória do torcedor é curta, ou que os dirigentes e comissão técnica acreditam que vivemos em um eterno looping de repetições. A verdade é que, no futebol, a hipocrisia corre solta como a grama em um campo de várzea.
Lembro-me de outros tempos, outros personagens, mas com o mesmo roteiro. Aquele treinador que prometia o “futebol ofensivo”, mas que, na prática, se contentava com o 0 a 0. Aquele dirigente que jurava “transparência”, mas sumia com as finanças do clube. E, claro, o jogador que, depois de uma atuação pífia, soltava um “daremos o nosso melhor”.
A Tática do “Deixa Disso”: Um Plano Estratégico?
A estratégia de minimizar a derrota, de tentar passar a imagem de que tudo está sob controle, pode ter diferentes motivações. Pode ser uma tentativa de proteger o elenco, de evitar que a pressão externa afete o desempenho dos jogadores. Pode ser uma forma de ganhar tempo, de adiar as cobranças e as possíveis demissões. Ou, quem sabe, pode ser apenas uma questão de… falta de visão.
A verdade é que, ao adotar essa postura, o Fluminense corre o risco de perder a credibilidade com a torcida. A torcida, essa massa apaixonada que acompanha o clube em todos os momentos, que vibra com as vitórias e sofre com as derrotas. E essa torcida, com toda a sua paixão, não é boba. Ela percebe a falta de atitude, a ausência de ideias e a postura conformista.
O Fantasma do Passado Assombra o Presente
Não é de hoje que o Fluminense enfrenta turbulências. O clube, em sua história, já passou por momentos de glória e de tristeza. Já teve times memoráveis e times esquecíveis. Já teve dirigentes competentes e dirigentes incompetentes. E, em muitos desses momentos, a postura de minimizar os problemas foi a tônica.
Lembro-me de outros casos, em outros clubes, em outras épocas. Aquele presidente que, depois de uma derrota vexatória, dizia que “o importante é a participação”. Aquele treinador que, após uma sequência de resultados ruins, afirmava que “o grupo está unido”. E, claro, o jogador que, ao ser questionado sobre a falta de gols, respondia com um “estamos trabalhando duro”.
As Entrelinhas: O Que Realmente Importa?
Por trás do discurso de Alexandre Mendes, há algumas entrelinhas que merecem ser analisadas. A primeira delas é a questão da imagem. O Fluminense, como qualquer clube de futebol, precisa cuidar da sua imagem. Precisa mostrar que está no controle, que tem um plano, que está trabalhando para alcançar os seus objetivos. E, nesse sentido, a postura de Mendes pode ser vista como uma estratégia de marketing. Uma tentativa de passar uma imagem positiva, de evitar que a crise se agrave.
Outra questão importante é a pressão. O futebol, como sabemos, é um ambiente de muita pressão. A torcida cobra, a imprensa critica, os resultados determinam o futuro. E, nesse cenário, a postura de Mendes pode ser vista como uma forma de amenizar a pressão sobre o elenco e sobre o próprio treinador.
O Futuro: Uma Incerteza Inevitável
O futuro do Fluminense é uma grande interrogação. Ninguém sabe o que vai acontecer. Ninguém sabe se o time vai reagir, se vai se classificar na Sul-Americana, se vai conquistar algum título. O que sabemos é que, com essa postura, o clube corre o risco de afundar ainda mais.
A torcida, com toda a sua paixão, merece mais. Merece um time que lute, que se dedique, que demonstre vontade. E, acima de tudo, merece um time que honre as cores do Fluminense.
Enquanto isso, nos resta esperar. Esperar para ver se a diretoria vai tomar alguma atitude, se o treinador vai mudar a sua postura, se os jogadores vão reagir. E, claro, esperar para ver se a sorte vai nos sorrir. Porque, no futebol, como na vida, a sorte também conta. Mas, como dizia Nelson Rodrigues, “a vida, como o futebol, é feita de mistérios.” E, no caso do Fluminense, o mistério parece estar longe de ser desvendado.
No fim das contas, a minimização das derrotas pode até ser uma estratégia, mas a verdade é que o torcedor não se contenta com migalhas. Quer títulos, quer glórias e, acima de tudo, quer um time que o faça sentir orgulho. E, por enquanto, o Fluminense está devendo essa alegria.

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