Atlético Nacional x Internacional: Mais um Capítulo da Novela Sem Fim na Libertadores?
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Key takeaways:
O Encontro dos Gigantes: O que Esperar?
A notícia nos informa que o Internacional, sob o comando de Eduardo Coudet (aquele mesmo, que já flertou com o clube, sumiu, voltou, fez juras de amor e, provavelmente, fará as malas assim que pintar uma proposta mais vantajosa), terá que lidar com desfalques importantes. A ausência de jogadores-chave, como Alan Patrick e Wanderson, é apresentada como um problema, mas cá entre nós, não chega a ser uma tragédia. O futebol moderno, com sua rotatividade e seus elencos inchados, nos ensinou a lidar com as perdas. A questão é: como Coudet vai usar essa “desculpa” para justificar um eventual tropeço? Vai apelar para a mística da camisa? Para a raça dos jogadores? Ou vai culpar a arbitragem? As opções são vastas, e a criatividade dos treinadores, nesses momentos, é sempre surpreendente.
Já o Atlético Nacional, com sua tradição e seus fantasmas (sim, porque todo clube sul-americano tem seus fantasmas), também terá que superar seus próprios obstáculos. A escalação, como sempre, é uma incógnita. Jogadores suspensos, lesionados, jogadores que “sentiram” alguma coisa na véspera… Tudo faz parte do show. A tática, então, nem se fala. Aquele futebol burocrático, com passes laterais, chutões para frente e a eterna busca pelo gol salvador no último minuto. É o velho e bom “futebol pragmático”, que, por vezes, garante títulos, mas raramente emociona.
A Hipocrisia da Libertadores: Um Festival de Clichês
A Libertadores, em sua essência, é uma competição hipócrita. Afinal, o que vemos em campo, na maioria das vezes, é o oposto do que se prega. Os clubes, repletos de jogadores estrangeiros, pregam a “identidade” e a “garra” do futebol sul-americano. Os treinadores, reféns de táticas ultrapassadas, falam em “ousadia” e “proposta de jogo”. E a torcida, embalada pela paixão, grita eufórica, mesmo diante de um espetáculo pífio.
Lembro-me, como se fosse ontem, da final de 2012, entre Corinthians e Boca Juniors. Um jogo truncado, com poucos lances de perigo, muita catimba e, no final, a consagração do time brasileiro. A festa foi linda, a torcida explodiu, mas a verdade é que o futebol apresentado foi sofrível. E a Libertadores, com sua capacidade de premiar a mediocridade, mais uma vez cumpriu o seu papel.
E o que dizer dos escândalos de arbitragem? As polêmicas, os erros grotescos, as suspeitas de manipulação… Tudo faz parte do folclore da competição. A Conmebol, com sua postura omissa e sua falta de transparência, parece fazer vista grossa para as irregularidades. Afinal, o importante é o show, o lucro, a emoção (mesmo que falsa). A ética, a honestidade, a justiça… Bem, esses são detalhes.
Olho no Lance: As Entrelinhas da Notícia
A notícia, em si, é rasa. Cumpre o seu papel, mas não entrega nada de novo. As escalações, os desfalques, as expectativas… Tudo é previsível. Mas, como sempre, é preciso olhar para as entrelinhas.
– **A estratégia de imagem:** Os clubes, sabendo que a Libertadores é um palco importante, vão usar o jogo para promover suas marcas, seus jogadores e seus patrocinadores. A camisa, o hino, a torcida… Tudo faz parte da estratégia de marketing. A imagem de “guerreiros” e “heróis” é fundamental para atrair a atenção do público e, claro, vender produtos.
– **Os interesses ocultos:** A Libertadores envolve muito dinheiro. Direitos de transmissão, patrocínios, premiações… Tudo gera lucro para a Conmebol, para os clubes e para os empresários. A competição, portanto, é um jogo de interesses, onde a paixão e a emoção se misturam com a ganância e a corrupção.
– **As possíveis repercussões:** O resultado do jogo pode ter consequências importantes. Uma vitória pode impulsionar um clube na competição, gerar mais receitas e fortalecer a imagem da equipe. Uma derrota, por outro lado, pode gerar crises, demissões e, claro, muita decepção para a torcida.
Interesses em Jogo e a Política Esportiva
Não podemos ignorar a política esportiva que permeia a Libertadores. A Conmebol, com seus dirigentes e suas decisões controversas, influencia diretamente o destino dos clubes. As negociações de bastidores, as alianças e os conchavos… Tudo faz parte do jogo.
Lembro-me das polêmicas envolvendo a escolha das sedes das finais, os critérios de classificação, as punições aos clubes… Tudo isso demonstra a falta de transparência e a influência de interesses externos na competição.
E, claro, não podemos esquecer a rivalidade entre os países. Os confrontos entre Brasil e Argentina, por exemplo, sempre geram muita expectativa e, muitas vezes, acabam em confusão. As provocações, as polêmicas, a rivalidade… Tudo faz parte do show.
O Futuro da Libertadores: Onde Vamos Parar?
A Libertadores, com seus clichês, suas hipocrisias e suas polêmicas, ainda é uma competição apaixonante. Afinal, o futebol sul-americano tem sua magia, sua raça, sua identidade. Mas, para que a competição se fortaleça, é preciso que a Conmebol e os clubes mudem suas atitudes. É preciso mais transparência, mais ética e mais respeito ao torcedor.
Acredito que o futuro da Libertadores depende da capacidade dos clubes de se renovarem, de investirem em novas ideias e de romperem com os velhos padrões. É preciso um futebol mais ofensivo, mais ousado e, acima de tudo, mais honesto.
Conclusão: Mais do Mesmo?
Diante de tudo isso, o que esperar do jogo entre Atlético Nacional e Internacional? Mais do mesmo, provavelmente. Um jogo truncado, com muita disputa, poucos gols e, quem sabe, uma pitada de polêmica. Mas, acima de tudo, espero que a partida nos proporcione alguma emoção, alguma surpresa e, quem sabe, um pouco de bom futebol.
Porque, no fim das contas, é isso que importa. Que a bola role, que a emoção fale mais alto e que a Libertadores, apesar de tudo, continue nos proporcionando momentos inesquecíveis. E que, no dia seguinte, eu possa escrever sobre mais um capítulo dessa novela sem fim. Afinal, essa é a minha sina.

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