Domingo Dourado? Mais para Banho de Verniz do que Ouro de Verdade!
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A euforia esportiva brasileira esconde mais frustrações do que medalhas.
Ah, o domingo! Dia sagrado, de sol, churrasco e, para os otimistas, de “Domingo Dourado” no esporte brasileiro. A manchete, como um daqueles vendedores de pamonha no farol, tenta nos convencer de que tudo está às mil maravilhas. Ginástica rítmica brilhando, futebol de areia mostrando sua ginga e um feito de Marcelinho Huertas para coroar a festa. Mas, peraí, antes de sair jogando confete, vamos dar uma olhada mais de perto nessa tal de “dourado” que, a julgar pelo histórico, pode muito bem ser apenas um banho de verniz.
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A ginástica rítmica
A ginástica rítmica, coitada, sempre relegada a um canto, como a prima tímida que só aparece nas festas de família. De repente, conquista uns “brilhantes” resultados e já é tratada como heroína nacional. Será que finalmente acordamos para o talento dessas meninas, ou a euforia é passageira, como a promessa de um político em época de eleição?
Lembro-me bem da época em que o esporte feminino era tratado como “coisa de mulherzinha”, um mero coadjuvante no espetáculo masculino. Hoje, até que se reconhece o esforço, mas a grana e a atenção continuam concentradas no futebol, aquele que, por vezes, nos envergonha mais do que nos orgulha.
O futebol de areia
E o futebol de areia? Ah, o futebol de areia… Aquele primo simpático que só aparece no verão, bronzeado e com um sorriso no rosto. Uma modalidade que, convenhamos, funciona como um respiro, uma válvula de escape para a eterna frustração que o futebol de campo nos proporciona.
Afinal, quando a seleção canhota nos decepciona, a gente sempre pode torcer pelos craques da areia, que, com seus dribles e acrobacias, nos dão a ilusão de que somos, sim, os reis do futebol.
Marcelinho Huertas
Por fim, o “feito” de Marcelinho Huertas. Um gênio do basquete, um jogador que, com sua inteligência e experiência, prova que idade é apenas um número.
Onde está o ouro de verdade?
A pergunta que não quer calar: onde está o ouro de verdade? Onde estão os investimentos em infraestrutura, a valorização dos atletas de todas as modalidades, o combate à corrupção e a profissionalização das federações esportivas? A resposta, infelizmente, é clara: em muitos casos, não está em lugar nenhum.
A hipocrisia do “domingo dourado”
A notícia, com sua euforia artificial, tenta nos convencer de que estamos no caminho certo. Mas a verdade é que o “domingo dourado” é apenas uma miragem, um oásis no deserto da incompetência.
O futuro do esporte brasileiro: um campo minado
O futuro do esporte brasileiro é um campo minado. Cheio de armadilhas, de desafios, de incertezas. Mas, mesmo diante de tantos problemas, ainda há esperança.
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