Fortaleza 5 x 0 Juventude: A Irrelevância em Verde e Amarelo e a Comédia Chamada Futebol Brasileiro

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A Exibição do Fortaleza: Uma Aula de Como Não Ser Surpreendido

O placar de 5 a 0 não deixa dúvidas: o Fortaleza entrou em campo com a faca nos dentes e a lição de casa feita. O time cearense, sob o comando de um técnico que parece ter lido “A Arte da Guerra” e que entende que, no futebol, a melhor defesa é o ataque, aplicou um verdadeiro atropelo no Juventude. É como assistir a um filme em que o mocinho, finalmente, acerta todos os socos no vilão, que cambaleia sem entender o que está acontecendo.

Mas vamos combinar, o Juventude, coitado, já nasceu com a sina de ser coadjuvante. O clube gaúcho, com sua história de altos e baixos, parece viver em um eterno “dia da marmota”, oscilando entre a Série A e a Série B, sem nunca conseguir se firmar no cenário nacional. É como aquele ator de novela que sempre faz o papel do amigo fiel, mas nunca consegue o papel principal.

O Fortaleza, por outro lado, está em uma fase ascendente. O clube cearense, com um projeto consistente, um técnico competente e jogadores que se dedicam em campo, mostra que é possível construir um time competitivo sem gastar fortunas. É a prova de que, no futebol, nem tudo é dinheiro, mas sim organização, planejamento e, claro, um pouco de sorte (que, diga-se de passagem, também ajuda).

O Juventude: Uma Tragédia Anunciada?

É claro que, depois de uma goleada dessas, a gente sempre busca culpados. O técnico, os jogadores, a diretoria… Mas, sejamos honestos, o problema do Juventude é estrutural. É como tentar construir um prédio sem alicerces: uma hora, a estrutura desaba.

O clube gaúcho, sem um projeto consistente, sem um elenco qualificado e sem a menor perspectiva de futuro, parece condenado a viver em um ciclo vicioso de frustrações. É como aquele amigo que sempre promete mudar, mas nunca cumpre.

E, para piorar, o futebol brasileiro, com sua mania de valorizar mais a imagem do que o resultado, muitas vezes, coloca o Juventude em situações ainda mais delicadas. É como aquele político que promete mundos e fundos, mas na hora H, some.

As Entrelinhas: Onde Estão os Interesses?

Mas, como diria a minha avó, “nem tudo que reluz é ouro”. E, por trás de cada jogo, por trás de cada resultado, existem interesses que nem sempre são revelados. No futebol, a hipocrisia e a manipulação andam de mãos dadas.

A goleada do Fortaleza, por exemplo, pode ter rendido bons dividendos para alguns empresários, que viram seus jogadores valorizados. Pode ter beneficiado alguns técnicos, que agora podem usar o resultado como argumento para conseguir um emprego. E, claro, pode ter alegrado alguns cartolas, que agora podem se gabar de seus feitos.

Mas, e o torcedor? O que ele ganha com tudo isso? Apenas mais uma frustração, mais uma decepção, mais um motivo para xingar o vizinho. É como assistir a um espetáculo pirotécnico: bonito de ver, mas que no final, não deixa nada de concreto.

A Crise da Confiança: Onde Foi Que Nos Perdemos?

O futebol brasileiro, em sua ânsia por ser um negócio lucrativo, parece ter esquecido o que o fez grande: a paixão. A paixão dos torcedores, a paixão dos jogadores, a paixão pelo esporte.

A cada dia, vemos mais e mais clubes endividados, jogadores mercenários e dirigentes corruptos. A cada dia, vemos o futebol se transformar em um circo, onde a emoção dá lugar ao marketing, e a técnica, ao espetáculo.

A goleada do Fortaleza sobre o Juventude é apenas mais um reflexo dessa crise. É a prova de que, no futebol moderno, o dinheiro fala mais alto do que a tradição, e a imagem, mais importante do que o resultado.

Reflexões Finais: O Que Esperar do Futuro?

O futebol brasileiro precisa de uma reformulação urgente. É preciso que os clubes se organizem, que os jogadores se dediquem e que os dirigentes deixem de lado a corrupção e a hipocrisia.

É preciso que o torcedor volte a acreditar no esporte, que volte a ter orgulho de seu clube e que volte a vibrar com cada jogada.

É preciso que o futebol brasileiro recupere sua essência, sua alma, sua paixão. E, quem sabe, um dia, possamos dizer que o futebol brasileiro, finalmente, voltou a ser o que era antes: um esporte grandioso, emocionante e, acima de tudo, um orgulho nacional.

Enquanto isso, continuaremos assistindo a jogos como esse, esperando que, um dia, a comédia termine e a tragédia não se repita. Porque, no fundo, todos nós sabemos que, no futebol, como na vida, a esperança é a última que morre. Mas, convenhamos, às vezes, ela demora a aparecer…


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