Alexandre Mendes e a “Calma” no Furacão: Será Que a Sul-Americana é Tão Pequena Assim?
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Achar que a fase do Fluminense na Sul-Americana é algo a ser minimizado? Ora, ora… parece que a poeira da euforia pela conquista da Libertadores ainda não baixou o suficiente no Laranjal. Alexandre Mendes, o braço direito de Diniz, soltou a voz e, com a tranquilidade de quem está vendo o Titanic afundar, tentou passar uma imagem de serenidade diante do momento delicado do Tricolor na competição continental. Mas, com a devida licença poética, será que essa “calma” toda não esconde, na verdade, uma baita bomba-relógio prestes a explodir?
Afinal, o futebol, como a vida, é cheio de ironias. E a principal delas é que, muitas vezes, os discursos mais amenos escondem a turbulência mais intensa. Mendes, com a experiência de quem já viu o sol nascer quadrado em tantos vestiários, tentou nos convencer de que tudo está sob controle. Que a Sul-Americana, coitada, não passa de um mero “detalhe” no ambicioso projeto do clube. Que o foco, claro, está no Brasileirão. Mas, com a devida vênia, a torcida, essa entidade que respira futebol, parece não ter engolido essa pílula com tanta facilidade.
A Sul-Americana: Um “Detalhe” que Pode Custar Caro
A declaração de Mendes, no fundo, soa como um tapa na cara da torcida. Como se a Sul-Americana fosse uma competição qualquer, daquelas que a gente joga só para cumprir tabela. Como se o Fluminense, com todo o investimento feito e a estrutura montada, não tivesse a obrigação de ir para cima em busca de mais um título.
É claro que o Brasileirão é o principal objetivo, a vitrine, o palco onde se ganha o reconhecimento e o dinheiro que move o futebol moderno. Mas, convenhamos, desprezar a Sul-Americana é um tiro no pé. É jogar fora a chance de conquistar mais um troféu, de dar alegria à torcida e, de quebra, faturar uma grana extra. E, por que não dizer, é um tremendo desrespeito aos adversários, que certamente não estão entrando em campo para “cumprir tabela”.
A história do futebol está repleta de exemplos de clubes que subestimaram adversários e foram punidos com a amargura da derrota.
Diniz e a Síndrome do “Gênio Incompreendido”
E por falar em soberba, é impossível não traçar um paralelo entre a postura de Mendes e a do próprio Fernando Diniz. O treinador, com seu estilo peculiar e suas táticas nem sempre compreendidas, parece ter uma certa dificuldade em lidar com as críticas e as pressões. E, com isso, acaba por adotar um discurso que, por vezes, soa distante da realidade.
Diniz, com sua genialidade questionável, parece acreditar que está acima do bem e do mal. Que suas ideias são tão revolucionárias que a torcida, coitada, não consegue entender. Que a culpa das derrotas é sempre dos jogadores, da arbitragem ou do acaso. E, com essa postura, acaba por minar a confiança do elenco e, consequentemente, os resultados em campo.
O Fluminense em Crise: Onde Estão as Soluções?
A verdade é que o Fluminense, apesar do brilho da Libertadores, não vive um momento dos mais promissores. O time, com seus altos e baixos, parece estar em busca de uma identidade. A defesa, frágil, sofre com os gols. O ataque, apesar de ter talento de sobra, oscila em suas atuações. O meio-campo, sem a intensidade de outrora, não consegue ditar o ritmo do jogo.
O Futuro do Fluminense: Uma Encruzilhada
O Fluminense está em uma encruzilhada. De um lado, a glória da Libertadores, a lembrança de um passado vitorioso e a esperança de um futuro promissor. De outro, a crise, a instabilidade e o risco de mais um ano sem títulos relevantes.
A Sul-Americana, a princípio, pode até parecer um “detalhe”. Mas, no futebol, os detalhes é que fazem a diferença. E é preciso que o Fluminense entenda isso o quanto antes. Caso contrário, a “calma” de Mendes pode se transformar em um grito de desespero em um futuro não muito distante.

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